A guerra dos browsers está de volta. Tal como nos anos 90, quando o Microsoft Internet Explorer (IE) e o Navigator da Netscape batalhavam pela supremacia, hoje o Firefox, da Mozilla, vem avançando sobre o IE. Essa escaramuça, porém, envolve mais coisas do que um simples mecanismo que permite navegar pela Web. Os problemas de segurança da Microsoft criaram uma brecha para que produtos novos, como o Firefox, abram caminho para outros, roubando participação de mercado da empresa de Bill Gates, conforme explicam especialistas da Wharton.
Em se tratando de browsers, os clientes não estão contentes com a Microsoft. A Fundação Mozilla, uma organização sem fins lucrativos fundada em julho de 2003 com recursos provenientes do Netscape, da América Online, com o objetivo de promover os softwares de código aberto na Web, contabiliza 25 milhões de downloads do Firefox nos últimos 100 dias. A WebSideStory, empresa de mensuração de uso da Web, informa que a participação de mercado do Firefox nos EUA era de 5,69% em 18 de fevereiro ante 89,85% do Internet Explorer. Embora seja cedo demais para dizer que o browser da Microsoft deve perder terreno, o fato é que a participação do browser em junho de 2004 era de 95,48%, informa a WebSideStory. De modo geral, a tendência em relação ao Firefox é a mesma. Em 28 de fevereiro, a Onestat.com, empresa de avaliação da Web localizada em Amsterdã, constatou que era de 8,45% a participação global do Firefox, 1% a mais em relação a novembro de 2004.
“O Internet Explorer é um browser horrível; além disso, tem problemas de segurança”, explica o professor de Estudos Jurídicos da Wharton Dan Hunter. “O Firefox é um browser de melhor qualidade, mas eu acredito que seu avanço no mercado se deva ao fato de que o Explorer é vulnerável aos spywares e à ação dos hackers, além de outras pragas.”
Deirdre Woods, reitora associado e gerente de informações da Wharton, destaca a tendência cada vez mais acentuada entre os usuários pela busca de alternativas. “As pessoas, sobretudo na comunidade de código aberto, querem outro software vencedor além do Explorer da Microsoft.” Kevin Werbach, professor de Estudos Jurídicos da Wharton, observa que “a lição neste caso é que o código aberto pode gerar um produto engenhoso e de fácil utilização. O Firefox é, sem dúvida alguma, mais do que uma simples novidade passageira. Ele veio para ficar.”
A Microsoft tem diante de si uma situação complicada, de acordo com diversos observadores, porque o IE não permite a navegação em múltiplos sites na mesma janela; além disso, é alvo de hackers e é lento no download de páginas em comparação com o Firefox. “Se por um lado a Microsoft se acomodou, deixando de atualizar seu browser, o Firefox trouxe avanços que preenchem as lacunas de funcionalidade”, observa a empresa de pesquisas Gartner em nota de pesquisa de 2 de março. Werbach acredita que razão principal pela qual as pessoas vão atrás do Firefox se deve ao fato de que a Microsoft “alcançou basicamente uma fatia de mercado quase absoluta e por isso estagnou. Ao mesmo tempo, tornou-se um alvo atraente para hackers. Com isso, abriu-se uma brecha convidativa para outro produto do mesmo segmento”.
Por outro lado, Peter Fader, professor de Marketing da Wharton, vê com ceticismo a possibilidade de sucesso do Firefox. Para ele, a grande questão é saber se o Firefox será capaz de manter sua participação de mercado no momento em que a Microsoft atualizar seu browser, o que deve ocorrer entre julho e setembro. “A Mozilla avançou um pouco, mas não se sabe ao certo se os usuários do Firefox não seriam pessoas tomadas por uma empolgação inicial diante da possibilidade de uma alternativa”, diz, acrescentando que o “IE ficará melhor. Faz parte do jogo. A Microsoft roubará as idéias da Mozilla e se tornará competitivo”.
O fato é que na conferência anual da empresa de software RSA Security, em 15 de fevereiro de 2005, Bill Gates, presidente da Microsoft, informou que a empresa está “conversando” com desenvolvedores de software sobre uma nova versão do Internet Explorer apelidado de IE7 que, segundo Gates, virá com um “novo nível de segurança”. Fazem parte dos avanços introduzidos nessa versão a eliminação de abusos conhecidos como phishing (utilização de spam com o intuito de direcionar o consumidor para um site falso com o objetivo de obter informações como número do cartão de crédito, de contas bancárias etc.) e malware (forma abreviada de “software malicioso”, que conteriam vírus).
Postado por
Renato Silva

2 comentários:
Oi Renato, boa pesquisa. Contudo eu pedi dois textos de 3 a 4 parágrafos. Um falando sobre uma parte da história da internet e outro sobre um site ou ferramenta que influenciou esta história. Você poderia ter criticado ou analisado este texto que publicou. Coloque a fonte de onde tirou a informação. Senão é plágio. Lembre-se das dicas que dei para a produção de blog. Abraço
Nossa mãe!
Que texto gigantemente cansativo!
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